quinta-feira, 3 de abril de 2014

CF 2014 - Crianças e redes sociais: um grande risco

Uma outra forma  encontrada pelos traficantes para aliciar crianças, adolescentes e até mesmo adultos são as redes sociais. É preciso utilizar essas ferramentas com bastante cuidado para não expormos nossas vidas.
           Sexta-feira, fim da tarde. Crianças e adolescentes se divertem embaixo do bloco em um condomínio fechado de classe média alta da capital federal. É o anúncio da chegada do fim de semana.
Entre as velhas brincadeiras, futebol e polícia e ladrão são algumas das preferidas. Mas, além de se divertirem como na época dos pais, a turma entre 9 e 13 anos tem outra mania: as redes sociais.”Pelo menos, uma vez por dia, acesso [o Facebook] para conversar com meus amigos, jogar e compartilhar links com imagens de quadrinhos ou gravuras engraçadas”, diz Guilherme Lima, de 11 anos.
A professora Fabíola Neves, mãe dele, diz que está sempre de olho no que o filho faz na rede. Com o consentimento dele, tenho as senhas de conta de e-mail e redes socais e sempre vejo com quem ele conversa e que tipo de conteúdo acessa”, conta. Porém, admite que não é possível monitorá-lo por 24 horas. “Não sei que conteúdos ele acessa quando não está em casa [na escola ou na casa de amigos], mas acredito que sejam sempre os mesmos. Se ele já tivesse visto algo inadequado ou tivesse em contato com estranhos, eu saberia pelo comportamento”, garante.
As meninas da mesma faixa etária adoram combinar os encontros pelas redes sociais. Nas rodinhas, equipadas com seus smartphones e iPods, elas postam mensagens nas redes em que contam o local onde estão e o que estão fazendo, o famoso check in, assim como fotos pessoais, de celebridades ou de roupas e esmaltes em alta no mundo da moda. “Gosto de compartilhar e curtir o que minhas amigas postam e de saber o que elas estão fazendo”, diz Luísa Neves, de 13 anos.
A atividade online intensa das crianças e dos adolescentes preocupa os especialistas. “Você acaba deixando o que a gente chama de um rastro digital muito preciso ao informar com muito detalhe o seu cotidiano. Isso registrado na internet pode ser acessado por pessoas mal intencionadas, alerta o psicólogo e diretor de prevenção da organização não governamnetal SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm.
A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2012, divulgada no mês passado pelo Comitê Gestor da Internet no país, mostra a exposição dos pequenos no mundo virtual. Os indicadores revelam que, no país, 70% das crianças e dos adolescentes entrevistados têm perfil próprio nas redes sociais. Entre os menores de 13 anos, 42% dos entrevistados (na faixa de 9 e 10 anos) e 71% (de 11 e 12 anos) já fazem uso delas. A idade mínima exigida para ter um perfil na internet é 13 anos. Porém, grande parte altera a idade para ficar conectado.
Um indicador que chama a atenção é que 53% dos pais afirmaram não usar a internet. No entanto, 71% acharam que as crianças usam a rede com segurança. Porém, a pesquisa mostra que entre crianças de 9 e 10 anos, 6% já tiveram contato na internet com alguém que não conhecia pessoalmente, entre 11 e 16 anos, o percentual sobe para 26%.
“Isso é muito sério porque esses mesmos pais que estão dizendo que é pouco provável que seus filhos tenham algum tipo de situação de perigo na internet, não conhecem exatamente que situações de vulnerabilidade seus filhos podem passar nesse ambiente. Há uma certa sensação de segurança dos pais que não obrigatoriamente se confirma na experiência concreta dos seus filhos que, às vezes, tem experimentado alguns conteúdos que podem trazer algum tipo de dano, acrescenta Rodrigo Nejm.

Alguns cuidados nas redes sociais:

1) Pense bem nas informações que vai publicar em seu perfil;

2) Lembre-se de que as informações compartilhadas não ficam restritas somente a você e a seus amigos. Informações pessoais nas redes sociais se tornam públicas. O que é divulgado na rede dificilmente será removido depois;

3) Cuidado com estranhos;

4) Não compartilhe sua senha, nem mesmo com amigos (as). Ela pertence somente a você;

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