Acredito
na catequese como um serviço missionário. Catequistas, de um modo geral, não se
acomodam na Pastoral da sagrada rotina.
Os catequistas tendem a ir onde existem catequizandos sedentos de conhecimento.
Catequistas vão à busca de conhecimento e aprofundamento para poder preencher
melhor seus pupilos.
O
evangelho nos mostra que Jesus ensinava por parábolas. Ele nos mostra que para
evangelizar é preciso falar a linguagem daquele que vai ouvir. Transpondo isso
para a catequese, podemos dizer que o catequista utiliza-se de dinâmicas para
fazer-se ser compreendido por seus catequisandos.
O medo da associação da catequese com a escola
faz com que, precipitadamente alguns catequistas tentem animar demasiadamente a
catequese. Outros pretendem “animar” a turma, outros procuram maneiras lúdicas
para explicar. Proponho-me
a fazer entender que dinâmica dentro da catequese não pode e não deve ser
associada a joguinho e brincadeiras para “passar o tempo”. Quando
acontecerem (não é preciso ter dinâmicas em todos os encontros), devem ser bem
planejada e fundamentadas na Bíblia. Ou seja, devem ter fundamento e finalidade
bem explicitas.
É
possível classificar as dinâmicas em seis grandes grupos: Técnica quebre-gelo,
técnica de apresentação, litúrgicas, técnica de interação, técnica de
capacitação e técnica de relaxamento e animação. Mas cada qual tem o seu
momento oportuno para ser utilizado.
Como
na maioria das Paróquias a catequese esta no inicio, por isso começarei
pelas dinâmicas de quebra-gelo. Esse tipo de dinâmica ajuda a tirar as tensões do
grupo, desinibindo as pessoas para o encontro. Pode ser um momento informal
onde os catequizandos se movimentam e se descontraem. Resgata e trabalha as
experiências de criança. E são recursos
que quebram a seriedade do grupo e aproximam as pessoas.
Um bom exemplo é uma dinâmica adaptada de
quebra-gelo, que eu chamo de Que Santo sou eu?
OBJETIVO: Facilitar o entrosamento e
descontração do grupo em seu primeiro
contato. Ajuda no reconhecimento e estudo
dos Santos da nossa Igreja (como nos pede o Porta Fidei).
FUNDAMENTAÇÃO
BIBLICA: Mt
5,48
MATERIAIS:
·
Um
pedaço de papel com o nome de Santos para cada participante. Pode ser também o
desenho da imagem.
·
Fita
crepe para prender os papéis às costas de cada participante.
TEMPO
DE APLICAÇÃO:
30 minutos
NÚMERO
MÁXIMO DE PESSOAS:
30
NÚMERO
MÍNIMO DE PESSOAS:
10
PROCEDIMENTO: O catequista pede
inicialmente que eles fiquem em duplas, de preferência em duplas de pessoas que
eles não conheçam ainda e explica que será fixado nas costas de cada catequizando
um papel contendo um nome de um Santo e que não devem pronunciar estes nomes,
pois o colega que o tem preso às costas não pode sabê-lo.
Tendo
terminado de fixar os papéis, o catequista explica as regras da dinâmica: Cada catequizando,
tem por objetivo descobrir "que Santo ele é".
Para
isso, o catequizando poderá fazer apenas 3 perguntas quaisquer, ao seu par, a
respeito de seu Santo. O seu par só poderá responder com as palavras
"sim" ou "não".
Em
seguida invertem-se as funções e o outro par é quem faz três perguntas, o qual
também só poderá responder com "sim" ou "não.
Se,
com base nas respostas do outro colega, um dos dois descobrir "que Santo
ele é", deverá ir ao catequista e dizer que Santo ele representa naquele
momento.
Caso
não descubra a dupla se desfaz e vai procurar outro par para reiniciar a sessão
de 3 perguntas cada um. E assim sucessivamente.
A
dinâmica termina quando: boa parte do grupo tenha conseguido descobrir
"quem é"; quando a dinâmica exceda o prazo estabelecido; ou quando o
entusiasmo do grupo pela dinâmica comece a diminuir.
Ao
fim do da dinâmica, o catequista deve ler a seguinte passagem: Sedes
Santos, assim como vosso Pai celeste é Santo. Mt 5,48 e reafirmar que
esse deve ser o compromisso de todo cristão, a busca incessante pela Santidade.
Como
proposta
de vida[1]
pode sugerir que eles pesquisem sobre aquele Santo que estava pregado em suas
costas.
OBSERVAÇÕES:
1.
Essa
dinâmica pode ser utilizada em qualquer etapa da catequese, mas requer
adaptações. Por exemplo: Nas turmas menores, podem-se utilizar os profetas, as
variações de nomenclaturas de Nossa Senhora, os Anjos e Arcanjos. Já nas turmas
de jovens e adolescentes, pode-se (e deve-se) utilizar os intercessores e
patronos da JMJ 2013, etc. Utilizando as particularidade da cada Paróquia, é
bom utilizar sempre os santos patronos da Paróquia/Comunidade.
2.
Se
a turma for ainda muito tímida, o catequista pode oferecer um prêmio
para quem acertar primeiro.
3.
É
bom ter sempre um fundo musical suave durante o tempo em que a dinâmica
acontece.
Concluo,
reafirmando que Dinâmicas na catequese não pode ser um mero artifício, mas
desde que com finalidade e motivação do catequista, a mesma terá muitos
benefícios.
É preciso fazer ecoar a Palavra de Deus em todo lugar.
Ate mais,
S.
Avelino
Esse artigo faz parte da REVISTA DIGITAL SOU CATEQUISTA. Para acessar a revista integralmente, é só clicar AQUI.
[1]
Em minha Paróquia, a proposta de vida, funciona quase
como uma tarefa de casa, mas sempre com finalidade prática e humana.
VALEU AS SUGESTÕES MUITO VÁLIDAS E SIMPLES DEUS OS ABENÇOE NESTE TRABALHO DE EVANGELIZAÇÃO
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